Dores nos joelhos, na coluna e limitações de movimentos. Com o passar dos anos, esses são alguns dos sintomas causados pelo desgaste das articulações. Embora o predomínio seja em pessoas com mais de 60 anos, crianças, jovens, atletas e adultos não estão livres de desenvolvê-las. "Entre as mais comuns na população, estão a artrite reumatoide e a artrose", diz o dr. Reynaldo Jesus-Garcia, ortopedista e médico coordenador do Programa Integrado de Ortopedia e Reumatologia do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE).
Apesar do nome parecido, artrite e artrose são doenças diferentes.
A artrite é uma inflamação da articulação que destroi a cartilagem. Dessa forma, o atrito das extremidades dos ossos aumenta e gera irritação no local. A mais comum entre as artrites é a reumatoide. Esse quadro ainda tem causa desconhecida, entretanto é a mais grave das inflamações. "É uma doença autoimune, devido a uma reação de anticorpo do próprio organismo contra a cartilagem, que acaba desencadeando uma resposta inflamatória", explica o dr. Reynaldo.
"É uma doença autoimune, devido a uma reação de anticorpo do próprio organismo contra a cartilagem, que acaba desencadeando uma resposta inflamatória"
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a artrite reumatoide ocorre com frequência duas vezes e meia maior em mulheres do que em homens. Os sintomas são rigidez, inchaço e vermelhidão nas mãos, limitação de movimentos e dor intensa. Ao longo dos anos, as articulações vão apresentando deformidades que limitam intensamente o movimento das articulações.
A artrose é uma doença degenerativa, ou seja, um desgaste natural das articulações. As principais causas são sedentarismo, má postura, traumas frequentes – ocasionados por pancadas e lesões -, além do excesso de peso. Dores que aparecem com o movimento ou em repouso, mais comuns pela manhã, são os principais sintomas. A boa notícia é que a artrose pode ser prevenida.
Cuide de seus movimentos
A melhor maneira de evitar essas doenças é controlar o peso, fortalecer a musculatura e adotar hábitos alimentares saudáveis, pois o envelhecimento do organismo torna-se mais lento. Mas quando esses problemas aparecem, é inevitável realizar um tratamento à base de medicamentos para amenizar a dor e preservar a função da articulação acometida, além das alternativas para estimular a regeneração da cartilagem.
Em casos mais graves, pode ser feita uma cirurgia, realizada nos ossos e não na própria articulação, para corrigir a postura e mudar a posição do eixo do osso que está limitando o movimento da pessoa. Há ainda a alternativa de cirurgia para retirar os tecidos que estão inflamados, por meio da artroscopia. Caso a doença progrida, pode ser feito um implante de cartilagem, em que fragmentos de cartilagem saudáveis são retirados para serem colocados em locais desgastados. Nos casos avançados, pode ser necessária a ressecção da cartilagem da articulação e a substituição por uma prótese metálica no lugar da cartilagem destruída.
Fonte: Hospital Israelita Albert Einstein